O deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) foi o entrevistado desta quarta-feira (24) do programa Giro Baiana 1ª Edição da rádio Baiana FM, com transmissão na BNewsTV.

Na oportunidade, o parlamentar não poupou críticas ao projeto encaminhado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) para que seja criada a Secretaria Extraordinária do Sistema Viário Oeste Ponte Salvador-Itaparica (Seponte). 

"Parece que já é combinado. Começa a chegar próximo às eleições e volta a se discutir a Ponte Salvador-Itaparica. Eu vejo como um tapa na cara da sociedade a criação da Seponte. Enquanto você vê o país atravessando uma crise social muito grande, onde a sociedade vem cobrando dos políticos mais respeito com o dinheiro público, o governo cria uma farra de emprego. Uma secretaria para o que não existe", disse Sandro Régis. 

"Não existe ponte, não existe nem licença ambiental da ponte. Nunca chegou nenhum pedido ainda na Prefeitura de Salvador, se eu não me engano, sobre essa questão da ponte. E se cria uma secretaria com todas as pompas, criando mais cargos, mais desperdício do dinheiro público para a ponte do PT", acrescentou.

Proposta para criar a Seponte

De acordo com a proposta encaminhada pelo Governo da Bahia à Alba, a Seponte terá a função de coordenar, articular e acompanhar  a construção da Ponte Salvador-Itaparica. 

A nova pasta ainda  será responsável por integrar ações e projetos ligados à construção da ponte e apoiar programas executados por outros órgãos estaduais, federais e municipais.

"Entende-se que a criação desta nova estrutura transitória é essencial para o adequado acompanhamento deste importante e estratégico projeto para o Estado da Bahia, refletindo o firme compromisso do Governo com o fortalecimento da infraestrutura e a promoção do desenvolvimento regional", escreveu Jerônimo na proposta. 

Proposta da Ponte Salvador-Itaparica apresentada na Alba

No último dia 17 de setembro, o Governo da Bahia apresentou o projeto da Ponte Salvador-Itaparica, durante uma sessão ocorrida na Sala das Comissões Deputados Luís Cabral e Herculano Menezes, na Assembleia Legislativa. 

O governo informou que as obras estão previstas para começar em fevereiro de 2026, com entrega ao tráfego em junho de 2031. O contrato de concessão tem duração de 35 anos, sendo um ano para licenciamento, cinco anos de obras e 29 de operação. 

Estiveram presentes o secretário da Casa Civil, Afonso Florence, o diretor de planejamento da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Mateus Dias, e representantes do consórcio responsável pela obra. Nenhum deputado da bancada da oposição esteve presente na apresentação do projeto. 

por Daniel Serrano - bN@WS